segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mas sabe como é (blábláblá)



Dois meses. Meu coração bateu muito mais forte em apenas dois meses. Uma fera selvagem aprisionada dentro do peito querendo sair, querendo te alcançar. Dois meses desejando me perder nos teus olhos e me afogar em teus lábios, desejando você.
Eu minto. Não desejei isso apenas nestes dois meses, desejo a muito tempo, e esses dois meses foram apenas migalhas para alimentar um desejo a muito visado.
Não era assim que você desejava, não é assim que deseja, não é assim. Eu sei.
Eu sonhei por dois meses, um sonho bom, você. Ei, você via meus sorrisos? Sentiu meu coração bater mais forte alguma vez? O seu também bateu?
Quais os teus sonhos? Quais teus desejos? Eu posso te ajudar? Eu posso seguir segurando sua mão? Eu posso seguir te desejando?
Esperança. Ei, tomei uma garrafa de Esperança, tomei tem dois meses.

Não haverá coisas pra te deixar sem graça. Mas sabe como é, dia 14, dois meses, blablabla. Apaixonado.

No fundo, no fundo, eu mirei. Ei, se acertar, você me diz que não é um sonho?

Ah, sem querer você me tira sorrisos, boas lembranças.
Obrigado.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Não importa

E então o mundo girou mais uma vez
E o caminho por si só não se refez.
O caminho foi dividido e os mundos foram partidos
Em pedaços que vão caindo e se juntando aos sonhos não realizados.

Não poderá gritar meu nome sem que se lembre de mim,
Já estará sendo abafado por outras ondas que varrem a praia.
Você vê minhas pegadas? Soube que elas estiveram lá?

A chuva vai caindo, não importa quanto gire o mundo.
Os sonhos vão se esvaindo, não importa quanto gire o mundo.
Corações vão se quebrando, não importa quanto gire o mundo.
E você vai partindo, e não importa quanto gire o mundo, não importa mesmo,
Você vai partindo, mas sua presença ainda fica, sem cheiro, sem toque.

terça-feira, 5 de março de 2013

Anjo 3#


Depois de algum tempo eu encontrava com a Mayara todos os dias após sair da venda do Seu João. E nós já estávamos ficando melhores amigos. Talvez para ser mais sincero, eu estava me apaixonando.

O Seu João gostava muito de mim, e como eu estava fazendo um mês de trabalho na loja ele decidiu me dar de presente uma bicicleta, seria um presente e também ajudaria na hora de fazer as entregas. Eu fiquei muito feliz, e todos os dias após o serviço eu e a Mayara saímos andando de bicicleta por ai, ela sempre na garupa.

Em todos esses dias nós andávamos até uma arvore que ficava um pouco fora da cidade e sentávamos na sua sombra. Ficávamos horas e horas jogando conversa fora, mas aquela conversa em particular me chamou bastante a atenção.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Anjo 2#


Já fazia uma semana que eu estava na cidade. Havia arrumado um lugar para ficar numa pequena hospedaria na saída da cidade, também havia arrumado um emprego de meio expediente na venda do Seu João para bancar minhas despesas, afinal eu precisava juntar um pouco mais de grana para poder seguir em frente.

O Seu João era uma ótima pessoa, me contou muita coisa sobre a vida dele. Muitas pessoas achavam que o Seu João era português, mas não era, era brasileiro mesmo. Mas ter que explicar que viveu em Portugal durante alguns anos e que acabou pegando um pouco do sotaque era difícil, ainda mais que tinha que explicar toda vez e muitas pessoas não acreditavam.

Em um dos dias depois do trabalho eu resolvi dar uma volta pela cidade e acabei me perdendo no tempo. A cidade era pequena e não tinha como se perder realmente, mas a paisagem era bonita e me perdi em meus pensamentos.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Anjo 1#



As coisas já não eram mais as mesmas quando eu deixei tudo para trás. Tudo havia mudado e eu não poderia ser uma exceção, achei que só mudaria se eu saísse daquele lugar, e foi exatamente o que eu fiz.

O problema é que deixar tudo para trás não é tão simples, você sempre quer levar alguma coisa, sempre tem algo que você se apega e não quer deixar, no meu caso foi a velha mochila meio surrada que sempre esteve comigo nas viagens, e mais uma vez eu a levei. Dessa vez ela estava vazia, assim como eu.

Minha mãe no começo foi totalmente contra a minha saída, afinal, mãe é mãe e ver seu único filho sair de casa sem saber quando o veria novamente é algo muito difícil.
Não que eu saiba exatamente como é, mas ver a expressão no rosto da minha mãe me dava uma ideia de como era. Porque me doía também.

Mas finalmente eu deixei aquela cidade, deixei tudo para trás, sem levar uma roupa, apenas a mochila e o dinheiro que eu havia juntando há muito tempo, o próximo passo agora era para onde eu deveria ir.


domingo, 25 de setembro de 2011

Ritmo

Eu tentei segurar algo que estava dentro de mim, faze-lo prisioneiro.
Tentei colocar esse sentimento em uma jaula e jogar a chave fora
Mas as coisas não acontecem como a gente quer, e esse sentimento me conquistou.

Eu tentei evitar, eu juro que tentei, mas você é tão quente
Que derreteu essa barreira gelada que criei envolta do meu coração
Coração que sequer queria bater, e agora bate. E o ritmo é você quem dita.

E o meu coração parecer estar em um carnaval quando está com você, e não é como se você percebesse
E na hora de se despedir, ele dança um triste tango amargurado.
Essas danças são belas, mas não é bom me despedir de você.

Quero fazer ser coração bater da mesma maneira, sentir as mesmas coisas
Ou coisas que irão além, além do que se vê, além do que se sente, além do que existe.
O que existe senão você? As pequenas coisas, os detalhes que te formam e me encantam.

Eu queria conquistar você, tocar você, sentir você, beijar você
E não ficar apenas te olhando na tela da tv, fazendo teatro com outro ator.
Que pode estar apaixonado por você, mas não sabe dançar os ritmos de nossos corações.

Rafael Ferreira